quinta-feira, 24 de junho de 2010

Reencontros...

Esta aconteceu ontem a noite. Estava numa loja de calçados comprando uma bota para minha filha e aguardando o vendedor, quando comecei a observar uma mocinha experimentando alguns sapatos de salto.
Achei o rostinho dela familiar, mas continuei a observá-la em silêncio.
Quando sua mãe senta ao seu lado, ela comenta alguma coisa com ela e vem em minha direção.
A senhora muito simpática pergunta:
-Por acaso você a Tia Sil?
Eu respondi prontamente, tentando me lembrar delas.
E a mocinha, me abraça com um largo sorriso e diz:
-Sou eu, tia! A Evelyn.
Puxando pela memória, lembrei-me desta aluna que tive há catorze anos atrás, quando ainda tinha 5 aninhos!!! Quase morri de alegria ao ouvir sua mãe contar que ainda guardava a camiseta e o diploma da escola de educação infantil, a qual estudou comigo.
Como é bom reencontrar nossos alunos e ver que muitas das coisas que ensinamos e plantamos na pequena infancia, floresceram e deram frutos tão belos e especiais que permanecem vivos ao longo dos anos.
Fiquei envaidecida com os comentários desta família e muito feliz com este reencontro.
São estes momentos que nos fazem acreditar ainda mais na magia que é ser professora.
Fui para casa reabastecida de energia para continuar trilhando este caminho!!

Dica para o final de semana

NOSSOS BRINQUEDOS PREFERIDOS DE VOLTA!!

Depois de Toy Story, lançado há 15 anos, nunca mais olhamos para os brinquedos (os nossos e os das crianças) da mesma maneira. Agora, Woody, Buzz, Rex, Cabeça de Batata e o restante desta deliciosa turma está em uma enrascada pior do que as outras: o dono, Andy, não é mais um menino e está prestes a partir para a universidade. Para onde vão agora todos os brinquedos? Essa é a aventura que a Pixar e a Disney estreiam este mês com uma graça a mais: versão também em 3D.   
     
Confira!!

Os 30 melhores livros infantis do ano

Definitivamente a literatura infantil não é apenas para as crianças. E é justamente quando você descobre o prazer das histórias que consegue contagiar seus filhos ou alunos pela mesma paixão.
Aqui vão os nomes deles. Aproveite que as férias estão chegando e coloque alguns destes títulos na programação de julho:
*Flicts, Ziraldo - Melhoramentos
* Elefantes nunca esquecem!, Anushka Ravishanskar - Manati
* Estava escuro e estranhamente calmo, Einar Turkowski - Cosaq Naify
* Marcelino Pedregulho, Sempé - Cosac Naify
* Peppa, Silvana Rando - Brinque Book
* Girafas não sabem dançar, Giles Andreae - Companhia das letrinhas
* Cadê o juizo do menino?, Tino Freitas - Manati
* Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela, Werner Holzwarth, Companhia das letrinhas
* O conto de fadas de Lili, Emma Thomson - Caramelo
* Pai, todos os animais soltam pum? Illan Brenman - Brinque Book
* Na garupa do meu tio, David Mereveille - Cosac Naify
* A história mais longa do mundo, Rosane Pamplona - Brinque Book
* Brincando com a joaninha, Kenny Rettore - Salamandra
* O Dariz, Olivier Douzou, Cosac Naify
* Filhotes de bolso saem de férias, Margaret Wild - Brinque book
* Bichos, Ronaldo Simões Coelho - Aletria
* Quando nasce um monstro, Sean Taylor - Salamandra
* Fuja do Garabuja, Shel Silverstein - Cosac Naify
* A visita dos 10 monstrinhos, Angela Lago - Companhia das letrinhas
* Alice no pais da poesia, Elias José - Companhia das letrinhas
* Onde vivem os monstros, Maurice Sendak - Cosac Naify
* Peter Pan, Monteiro Lobato, Editora Globo
*Vovô virou árvore, Regina Chamlian - Ed. SM
* O lobo, Graziela Bozano Hetzel - Manati
* O pato, a morte e a tulipa, Wolf Eribruch - Cosac Naify
* Todos os patinhos, Criantian Duda, Cosac Naify
* Carvoeirinhos, Roger Mello - Companhia das letrinhas
* Pê de pai, Isabel Minhós Martins - Cosac Naify
* A árvore vermelha, Shaun Tan - SM
* Mauricio, o leão de menino, Flavia Maria - Cosac Naify

domingo, 20 de junho de 2010

O flautista de Hamlin

Há algumas semanas atrás contei a história do Flautista de Hamlin para meus alunos, que ouviram atentamente enquanto eu narrava oralmente.
Assim, quando solicitados a dar sugestões sobre o que fazer para ajudar o prefeito a acabar com os ratos, tiveram ideias fantásticas e criativas como:
- Vamos ficar escondidos e dar uma chinelada neles!
- Vamos colocá-los na máquina de lavar!
- Vamos chamar muitos gatos para comê-los.
- Vamos colocar veneno dentro do queijo e dar para eles comerem, etc.
Assim continuamos até o final da história, mas sem ninguém tocando flauta, (já que as habilidades musicais da professora são tão limitadas). Eles ficaram surpresos com o desfecho e compreenderam a mensagem contida neste texto. Foi bem interessante e marcante este momento para todos nós.
Coincidentemente, dias depois; o professor de música começou a sua aula contando a mesma história e eles a reconheceram no mesmo instante.
Ele então, flautista talentoso, tocou a sua flauta e como na história, os meus "ratinhos" seguiram o flautista, sem a necessidade de palavras de comando. Foi uma cena surpreendente para nós e o envolvimento do grupo com esta história foi admirável.
Fiquei orgulhosa da produção deles, da contribuição do colega professor e fiquei ainda mais convicta sobre a importância da literatura infantil e da música na formação das nossas crianças. Que momento de tanta riqueza pudemos proporcionar e experimentar.

sábado, 19 de junho de 2010

Você já ouviu falar em mini gente?

Estava contando algumas situações numa roda de conversa entre amigos, quando minha filha vira e diz:
-Mãe, como se chama mesmo aquela sua aluna mini gente?
Eu não entendi o que ela quis dizer e a questionei pedindo para explicar melhor. Então ela prontamente diz:
- Mãe, é que quando o aluno é bem pequeno, ele ainda é mini gente!!!
A propósito, a idade dela é de 11 anos, tão grande né para classificar a turminha da educação infantil de "mini".
Pensei comigo; então agora quando estou com eles sou "mini professora?"
Vivendo e aprendendo...
Sempre tem um espacinho para aprendermos mais uma coisinha, não é mesmo?
Ainda mais quando se trata de educação.
Hoje eu estive em aula com um grupo de professores muito animados e criativos e ao final do nosso encontro, aprendemos coisas novas uns com os outros e eu sai muito feliz com o resultado deste encontro.
O professor tem em suas mãos uma grande responsabilidade em relação a construção do conhecimento do seu aluno. Devemos conduzi-los por um caminho seguro, mas para isso acontecer, não basta só dedicação e bom senso, é preciso nos prepararmos cada vez mais e melhor para estarmos prontos para os desafios diários. É semear hoje para que eles colham bons frutos no futuro.

"Xuxu beleza"!!

Esta aconteceu ontem. Tenho a mania de falar com as crianças da minha classe, usando algumas expressões carinhosas, porém divertidas para uma relação mais afetuosa entre nós.
Apesar de já ter sido usada outras vezes, a expressão "Xuxu beleza", (até ultrapassada, levando em consideração que eu nem fiz parte da geração que a usava), tomou conta do vocabulário da turma nesta sexta-feira.
De repente, uma destas "figurinhas" me olha atentamente e questiona:
- Mas o que quer dizer isso?
Eu muito atenciosa e preocupada em dar uma boa explicação, disse que se referia a alguma coisa bem legal e que a gente gostasse muito!
Sem pensar duas vezes, essa criança segura em meu braço e calmamente me diz:
-Ah bom, agora eu entendi, "Xuxu beleza"!!
Pode? Não consegui encontrar outra expressão para definir essa galerinha tão especial para mim e que me surpreende com cada uma, quando a gente menos espera...

domingo, 13 de junho de 2010

Perfume de maisena...

Ontem eu estava numa loja comprando alguns itens de perfumaria, quando estava experimentando um perfume e a minha filha (8 anos) olha com muito entusiasmo para a embalagem e diz:
- Que cheiroso, é perfume de maisena?
Fiquei sem entender por alguns instantes, até que descobri"
Traduzindo: ela quis dizer "alfazema"!!!
Quase morremos de rir na loja e trouxemos o "tal" perfume...

Enquanto educadores porém, não nos resta outro remédio senão sermos otimistas, infelizmente!
É que o ensino pressupõe o otimismo, tal como a natação exige um meio líquido para ser exercitada.
Quem não quer se molhar, que abandone a natação, quem sente repugnância diante do otimismo, que deixe o ensino e que não pretenda pensar em que consiste a educação.
Pois educar é crer na perfectibilidade humana, na capacidade inata de aprender e no desejo de saber que a anima, em que há coisas (símbolos, técnicas, valores, memórias, fatos) que podem ser sabidos e merecem sê-lo, em que nós, homens, podemos melhorar uns aos outros por meio do conhecimento.

Trecho da obra do filósofo espanhol "Fernando Savater"